segunda-feira, 16 de junho de 2008

A GUERRA DOS CEM ANOS

A Guerra dos Cem Anos foi um longo conflito que envolveu a Inglaterra e França entre os séculos 14 e 15, período marcado por transformações socioeconômicas e políticas, que caracterizaram a crise do sistema feudal.O grande crescimento populacional e das cidades, assim como o movimento das Cruzadas, foi responsável pela reativação da produção e do comércio, e deu uma nova dinâmica às sociedades européias. Do ponto de vista político, os reis fortaleceram e centralizaram o poder, refletindo os novos interesses que se desenvolviam, relacionados à formação de uma camada de mercadores e a adaptação da nobreza e de seus interesses.Para os mercadores, as estruturas feudais representavam um obstáculo ao desenvolvimento, uma vez que a autonomia de cada feudo permitia que houvesse uma variação muito grande moedas, leis, exércitos, sistema de pesos e de medidas, dificultando a circulação de mercadorias. Por isso os grupos mercantis e, em particular os habitantes dos burgos, tenderam a apoiar a centralização do poder real, com o intuito de unificar os mercados. Apesar de pouco numerosos e considerados como um grupo marginal, os burgueses formavam uma camada nascente que acumulava capitais e contribuía financeiramente para o rei armar seus exércitos. Essa guerra teve uma personagem ilustre:
Joana d´Arc
A França era um país curvado ao poderio inglês. Não era propriamente um país como hoje é conhecido. Constituía-se de vários feudos.E foi numa aldeia ignorada até então que, em 1412 nasceu uma criança que se tornaria célebre e célebre faria Domremy.Filha de pobres lavradores, aprendeu a fiar a lã junto com sua mãe e guardava o rebanho de ovelhas. Teve três irmãos e uma irmã. Não aprendeu a ler, nem a escrever, pois cedo o trabalho lhe absorveu as horas.A aldeia era bastante afastada e os rumores da guerra demoravam a chegar. Finalmente, um dia, Joana d'Arc tomou contato com os horrores da guerra, quando as tropas inglesas se aproximaram e toda a família precisou fugir e se esconder.Aos 12 anos começou a ter visões. Era um dia de verão, ao meio-dia. Joana orava no jardim próximo à sua casa, quando escutou uma voz que lhe dizia para ter confiança no Senhor. A figura que ela divisou, identificou como sendo a do arcanjo São Miguel. As duas mensageiras espirituais que o acompanhavam , como Catarina e Margarida, santas conforme a Igreja que ela freqüentava.Eles lhe falam da situação do país e lhe revelam a missão. Ela deve ir em socorro do Delfim e coroá-lo rei de França.Durante 4 anos , ela hesitou e a história de suas visões começou a se espalhar. Ao alvorecer de um dia de inverno, ela se levanta. Está decidida. Prepara uma ligeira bagagem, um embrulhozinho, um bastão de viagem, murmura adeus aos seus pais e parte. Nunca mais aquela aldeia da Lorena a verá.Igreja, de conviver com homens nos campos de batalha, de manejar a espada.O objetivo era provar que Joana era uma enviada do demônio. Consequentemente, se desmoralizaria o rei Carlos VII. Afinal, que espécie de rei era aquele que se deixara enganar por uma bruxa ?Durante 6 meses ela é submetida a uma verdadeira tortura moral. Os interrogatórios são longos , cansativos. Finalmente, a execução se dá na praça central de Roeun, no dia 30 de maio de 1431.Seu cabelo foi raspado e, por temerem a reação do povo, 120 homens armados a escoltam até o local. Ela é atada a um poste e a fogueira é acesa.Quando as chamas a envolvem e lhe mordem as carnes, ela exclama: "Sim, minhas vozes eram de Deus! Minhas vozes não me enganaram."Era a prova inequívoca da mediunidade que lhe guiara a trajetória terrena.No capítulo XXXI de O livro dos médiuns, vindo a lume no ano de 1861, quando o Codificador reúne Dissertações Espíritas, confere à de Joana D'Arc o número 12, onde ela se dirige aos médiuns, em especial, concitando-os ao exercício do mediunato.Recomenda-lhes, ainda, que confiem em seu anjo guardião e que lutem contra o escolho da mediunidade que é o orgulho.Conselhos que ela, em sua vida terrena , na qualidade de médium, muito bem seguira.

Um comentário:

Unknown disse...

Joana D'Arc foi infeliz no seu objetivo, queria ajudar a França a expulsar os ingleses, mas no período em que a igreja católica era muito mais forte em relação as outras religiões, foi dada como bruxa e queimada viva por dizer que Deus a enviou e acabou entrando para história.